Sentindo o Coração (Parte 2)

Eu estava dando uma olhada na lista de minhas postagens e me deparei com o título "Sentindo o Coração (Parte 1)... Bem, tem que ter pelo menos a parte 2, não é?


Então, vamos lá!! O caminho de ouvir a sabedoria do coração não é fácil, requer coragem, resiliência e familiaridade, pois os pensamentos muito mentais podem interferir constantemente, querendo desviar você do caminho. Há pensamentos que vem de processos profundos de reflexão e estão conectados com o coração, mas quando eles são muitos mentais, geralmente vem carregados de uma poluição e ruminação que não tem fim. Totalmente desconectados do coração, esses pensamentos tendem à fragmentação, e muitas vezes tem como base a ansiedade e o medo.

Sentir o coração, como já disse, é diferente de ser levado pelo ruído mental e pelas emoções. Requer parar, silenciar, para sentir. Requer se escutar e se acolher!

Você já percebeu o quanto somos especialistas em nos por para baixo. "Nossa como você é burro!", "De novo cara, parece que não aprende!", "Você não vai conseguir!", "Você tem o dedo podre"... Hahaha. Quando falo em se escutar e acolher, estou querendo dizer para ir além dessa auto opressão, ir além do auto julgamento, como também de uma auto indulgência que pode ser auto sabotadora e permissiva. Se acolher é não julgar, é entender, é se amar, é aceitar... Dar um tempo para se curar, voltar a caminhar não importa o quanto se caia, simplesmente seguir, ser seu amigo do peito.

Quando estamos de bem com nosso coração, tudo flui melhor, tudo é acolhido dentro desse entendimento que vem de dentro, mesmo quando não se tem repostas, mesmo quando a vida parece injusta, mesmo quando não se tem garantia de nada.

Então, pare um pouco... Se não começou ouvindo literalmente as batidas do seu coração, comece por aí, coloque a mão em cima dele, e sinta-o bater também. Cinco minutos por dia, pelo menos!

Depois de um tempo de prática, siga para um novo nível: sente-se, mantenha sua coluna ereta, foque sua atenção em seu coração, mas agora simplesmente na região. Se seus pensamentos quiserem interferir, deixe-os ir, e foque de novo na região do seu coração. Você pode praticar assim por uns 5 cinco minutos por dia também. É uma meditação!

Seguindo, depois praticando, você pode ir para outro nível: parar, sentar e focar sua atenção na energia do coração. Mais sutil, não é? Tente não racionalizar, simplesmente foque e sinta. De novo, se os pensamentos vierem, deixe-os ir, e foque na energia do coração.  Cinco minutos por dia... hehehe

Se treinando assim, quando você tiver num momento de decisão, poderá parar, se conectar e sentir qual a resposta do seu coração. Eu geralmente me faço uma pergunta e sinto!! É impressionante como o coração sinaliza, até mesmo fisicamente. Você pode sentir uma dor, quando a resposta não está alinhada, ou um alívio e satisfação quando há uma aceitação.

"Juliene, mas me diga uma coisa, e se eu tomar uma decisão com base nessa coisa aí do coração, e mesmo sabendo a resposta, me der um cagaço!!!"

Bem, vou ter que escrever a parte 3.

Um abraço,

Juliene

Se não leu ainda: Sentindo o Coração (Parte 1)