Quem somos nós? - Parte 2

Comentando e cintando o filme - por Juliene Macedo

“Nós criamos a realidade. Somos máquinas de produzir realidade. Criamos os efeitos da realidade o tempo todo. (...) É possível que toda essa realidade seja apenas uma grande ilusão da qual não temos como sair para vermos o que realmente existe lá fora.” 

É interessante como essas novas descobertas colocam sobre nós a responsabilidade sobre nossas vidas. Não podemos cultivar um papel de vítima. Por mais que estejamos enfrentando algo terrível, sempre podemos optar em como lidar com aquilo. Nossa postura mental vai determinar muita coisa. Enquanto alguns podem se manter num papel de vítima, sem mudar, afundados em sofrimento... Outros decidem mudar e dar a volta por cima.


“É muito fácil. Em vez de considerar coisas como coisas – vocês todos tem o hábito de pensar que tudo ao nosso redor já é uma coisa existindo sem a sua escolha (vocês precisam abolir este tipo de pensamentos) – vocês realmente precisam reconhecer que até mesmo o mundo material que nos rodeia, todos eles são nada além de possíveis movimentos da consciência. E, a cada momento, estou escolhendo entre estes movimentos para manifestar minha experiência atual. Esse é o único pensamento radical que vocês precisam ter. Ele é tão radical, tão difícil, devido a nossa tendência a acharmos que o mundo já existe lá fora independente de nossa experiência. Não existe. A física quântica tem sido muito clara a esse respeito. O próprio Heisenberg, co-descobridor da física quântica, disse que os átomos não são entidades. São apenas tendências. Então, em vez de pensar em coisas, devem pensar em possibilidades de consciência”. 

Se a mudança de paradigma é pensar em possibilidades de consciência, por que nos prendemos tanto a uma possibilidade, como se nossa vida fosse reduzida aquilo, como se muitas vezes não pudéssemos ter opção? Eu acredito que o que limita nosso olhar é nossa capacidade de nos enredarmos emocionalmente. O que nos prende são nossas emoções, nossos vícios mentais. Eles prendem nosso olhar e percepção de modo que não possamos ver além. Ou mesmo perceber que há outras maneiras de responder a uma situação. Recentemente, uma cliente disse na sessão que a irmã dela, vendo-a chorar por causa de um rompimento amoroso, disse que ela tem mudado, pois antes sairia para a balada, e hoje está enfrentando a dor. Ao enfrentar, ao olhar, ao conversar com a dor, ela pode se liberar e ficar mais forte. Isso é uma mudança de perspectiva também. 

Estamos tão absorvidos em nosso mundo, ou o termo melhor seria hipnotizados, que não nos damos conta desse mar de possibilidade, dessa magia acontecendo diante de nosso olhos. Nossa consciência fica obscurecida e não vemos que temos escolhas, e que escolhemos o tempo inteiro. Não temos consciência de nosso poder de mudar a nossa vida e ambiente, de influenciar positivamente as pessoas. Se nós somos constantemente influenciados pela mídia, pelas tendências de moda, pelo turbilhão de informações que nos chegam de várias formas pelos nossos sentidos, porque achamos que não podemos influências também de uma maneira mais significativa para nós, o coletivo... O planeta, o Universo? 

“No verão de 93, em Washington, tida como a capital mundial do assassinato, houve um grande experimento, no qual quatro mil voluntários chegaram de 100 países para meditar coletivamente por longos períodos de tempo durante o dia. Com antecedência, previu-se que, com um grupo de tal dimensão haveria uma queda de 25% no crime violento. Como definido pelo FBI em Washington. O chefe de polícia foi a televisão dizer que “serão necessários 60 cm de neve para reduzir o crime em 25% neste verão”. Mas o departamento de polícia tornou-se colaborador e autor desse estudo porque os resultados mostraram uma queda de 25% em crimes violentos em Washington. O que podemos prever com base em 48 estudos anteriores que já tinham sido feitos em menos escala. Isso naturalmente nos leva a imaginar se as pessoas estão afetando o mundo da realidade que elas veem. Pode apostar que sim. Cada um afeta a realidade que vê, mesmo se tentarmos nos escondermos dela ou bancar a vítima. Todos nós fazemos isso”. 

Um bom exemplo de como nossa mente (pensamentos e emoções) afetam nossa realidade, em especial nosso corpo, é um experimento de um pesquisador japonês: Sr. Masaro Emoto. Ele fez vários estudos sobre a água e observou que o pensamento ou intenção muda a forma das moléculas. 

Muitas vezes não afetamos a realidade de forma mais substancial porque não acreditamos que podemos. Formulamos uma intenção e depois a apagamos, não somos persistentes. É como pensar positivo. Não adianta pensar positivo, sem uma mudança na forma de pensar. O pensamento positivo pode ser apenas uma gota num oceano de pensamentos negativos, sem significância. Pensar positivo significa mudar a forma de pensar e reagir diante da vida de forma mais benéfica. E mudar a forma de pensar requer uma reeducação mental, o que significa disciplina, paciência, perseverança e atenção ao momento do agora. 

Quando pensamos em coisas a gente torna a realidade mais concreta do que ela é. E é por isso que geralmente ficamos imobilizados, como se a realidade não pudesse ser alterada. “ Mas, se a realidade é uma potencialidade mental, a possibilidade da própria consciência, então, imediatamente vem a pergunta de como posso mudá-la. Como posso melhorá-la? Como posso torná-la mais feliz? Vê como estamos ampliando a imagem de nós mesmos?” 

“Todas as realidades no campo quântico estão existindo simultaneamente?” 

“Literalmente, existem mundos diferentes lá fora, nos quais vivemos. O mundo macroscópico que vivemos é o mundo de nossas células. É o mundo dos nossos átomos. O mundo dos nossos núcleos. Cada um é um mundo totalmente diferente., que possui sua própria linguagem, tem sua própria matemática. Mas são complementares. Porque eu sou meus átomos, mas também sou minhas células. Também sou minha fisiologia macroscópica. Tudo é verdadeiro. São apenas níveis diferentes de verdade. O nível mais profundo de verdade descoberto pela ciência e filosofia é a verdade fundamental da unidade. No nível subnuclear mais profundo de nossa realidade, você e eu somos um.”

Boa reflexão!!!!

Continua... Parte 3
Veja também: Parte 1