Você está nadando na piscina de cocô?


Você percebe que estamos vivendo dias muito turbulentos? Onde a falta de esperança, perspectiva, frustração e pontos de vistas rígidos de escassez e separação estão levando muitas pessoas a constantemente e cada vez mais mergulharem numa piscina de cocô, cujo instrutor é o ego? Isso é sério, não é para rir (rsrs).

Que tal parar um pouco agora e olhar como sua mente tem funcionado e reagido atualmente? Será que você está também nessa piscina de cocô? Fazendo nado sincronizado? Talvez um nado de peito bem aberto? Ou repetidamente saltando do trampolim, fazendo todo tipo de pose, para depois cair fundo na bosta? Já sei, um nado de costas, porque daí você pode ver o céu azul e fingir que está tudo bem? Ou, nem percebe que está na piscina? "Oi! Eu? Tá falando comigo?"

Sair dessa piscina significa usar da atenção consciente e da auto-observação para perceber os padrões de pensamentos negativos e repetitivos que fazem com que você constantemente se enreda, caindo direto e livremente na bosta.

Quanto mais a gente se treina a sair dessa piscina de cocô, mais reforçamos os caminhos neuronais em nosso cérebro que vai reforçar que conseguimos fazer isso. Contudo, requer paciência, persistência e amor. E não venha me dizer que você não tem tempo. Se você teve tempo para se treinar na piscina de cocô, tem tempo para se treinar a sair dela. Comece dando um passo, a cada dia. Primeiro, comece a se observar sem julgar. É um bom começo! Pois o julgamento produz muito cocô. Uma fábrica infindável.

Eu já consigo perceber que estou no grupo que entra na piscina, percebe a bosta e sai (rsrsrs). Às vezes fico ali na beirada só observando. E assim aos poucos vou descobrindo como fazer uso da bolsinha da Hermione (a bruxinha da série Harry Potter). 

Na verdade, todos nós temos essa bolsinha de inúmeras possibilidades. E a piscina de cocô é uma delas. Ela nos aprisiona quando escolhemos a visão de separação e escassez do ego em detrimento da abundância equânime do amor que somos. Ela nos aprisiona quando ficamos presos em nossos pensamentos limitantes e julgamentos, e não sentimos o coração.

E aí? Vai continuar nadando? 

Um abraço,

Ju Macedo

**Referência: Déborah Azevedo usou a metáfora da piscina de cocô em um de seus vídeos no Youtube, me inspirando a escrever sobre isso.